Ela sentou e chorou compulsivamente
Já havia tempo que não sabia o que fazer consigo
Mas naquela tarde sua existência sangrou
Olhou para si
Com olhos tão desacreditados
Que um suspiro mais profundo a levaria dali
Não era sobre um amor que partira seu coração
Não era sobre um outro que inevitavelmente nos deixa sem se despedir
Era sobre o que sempre resta
Quando nada nos resta
Era sobre si
Dores existenciais excruciantes
perfurando sua existência
Iludindo a si mesma
Não aceitou um mundo que ela mesmo criou para si
Habitava uma casa, mas não pertencia mais ali
Ao pisar os pés para fora, pisava em si
E doía
A vida real não era ela
Ficção de si mesma
Aranda l”
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