quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Mas Moça...






Com ares de coragem
ela tenta suportar o peso da covardia

De todos os "quases"
Esse fora o quase mais profundo de todos
Dilacerando-a

Moça,
não chora

É sua especialidade
Afastar o outro
Como quem afasta a si mesmo
Morres de medo de ti

Você é um quase
E as pessoas se cansam de quase vidas

Quase ia e ficou
Quase se entrega e recuou
Quase coragem
Quase

Quase vida
Quase morte

Moça, não pensa em morrer
Você já não existe

Moça, olha pra ti
Definhando
Sob olhos incrédulos
Derramando lágrimas de uma quase existência

Ah! Moça
A moça chorou por alguém
Ou chorara por si?

Moça,
Foge
Esconde o sentimento
Finge que o odeia

Ele vai cansar de ti

Moça,
não seja covarde

Ela sussurra: - Dai-me a mão meu quase
Mas de longe observa
Agora em silêncio
Seu quase partir

Moça,
Há nisso muito coragem em ti.


                                                                              Aranda l”



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