Olho pela janela e não vejo o céu, não vejo nada além do muro, nem sei o que vem por ai, nem como me preparar, mas daqui sinto... Sinto o clima frio, esta escuro, sinal de chuva e isso da vontade de escrever, fazer acontecer, desatar o nó, tocar vidas... A minha vida!
Por mais que eu não veja, a olho nu, ainda sinto. Meu coração e minha alma têm balança, vontades, um milhão de sensações e ainda aquele friozinho na barriga inexplicável que me faz sentir viva' e posso dizer que é sensacional. Pensei agora em algumas canções, aquelas que marcam... e que fiz questão de esquecer, lógico que tentando esquecer me lembro a todos os instantes, tenho andado muito lúcida e isso às vezes machuca.
Hoje posso dizer que sou madura... como uma 'adolescente na puberdade'. Aquela alegria com o novo, o desconhecido batendo em minha porta, varias perspectivas, possibilidades, tantas descobertas, mas logico... quase sempre acompanhadas por uma bifurcação.
Sabe, escrevendo vejo o quanto ainda existe vida em mim, um coração quente que bate acelerado, que quase tem vida própria. Isso não é ruim e fico imensamente feliz em ser assim. Sou o Sul e o Norte da minha vida. Tenho percorrido um longo caminho, por vezes difícil, nele há luz, mas às vezes me perco diante da escuridão, das pedras e dos imensos buracos! Cai dentro de alguns, muitas vezes, e digo com toda firmeza que meus joelhos são esfolados... Sai de todos com maestria - com a mesma intensidade que cai – reviravolta. Cicatrizes ficam, mas ficam somente para nos lembrar que o passado foi embora e que você pode recomeçar!
Sei que ainda tem um bom caminho a ser percorrido nesta estrada, e sinceramente não sei o que vou encontrar, aliás... Nunca se sabe. A única coisa que sinceramente sei é que não quero atalhos. Venha o que vier com toda força porque estou aqui para enfrentar. Independente de toda minha lucidez ‘cega’, independente dos muros em minha janela... Tenho vida e ela esta latente aqui dentro de mim.
Por Kelly Luisa
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