sábado, 24 de novembro de 2012

Um pacto pós-vida

Eu tenho uma dor aqui no peito
Que está longe de ser amor
Ou, quem sabe, seja amor demais
Amor de quem ficou
E quer partir

Bailando ao favor dos ventos
Entregue ao impulso do esvoaçar
Subindo e descendo - rodopiando
Tal qual folha de papel no ar

Manchete velha de um jornal qualquer
Vida desfeita por um golpe da morte
Dei-me um gole de vida
Encha meu peito de mim

Flertando com a senhora morte
Uma fina dor se alojou em mim
Era tristeza, enfim
Mas não era só isso que me doía
Era saber que era meu fim

Erga minhas pernas para o salto mortal
Empurre-me do precipício
Envenene-me
Mas me livre de apenas sobreviver sem ti.

                                                                       
                                                                                                 By Aranda l”

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