sexta-feira, 23 de setembro de 2016

(In)compreensões



Passeava entre as pessoas
Observando um a um
Caminhava delicadamente
Em direção a nenhum

Outros e tantos
Mas só tinha olhos para si
Olhos para dentro
Compreendendo-se

Dispensava um a um
Talvez até dispensasse era mesmo a si

Sentada na antessala do eu
Abre delicadamente uma fresta de si
Espia de longe
Um escolhido, enfim

Luz fina irradiou
Outro cruzou
Um passeio fez-se nela

Mas era tarde demais
Só ela cabia em si
Ele não a compreendia
Ela tampouco a si.
                                                 

                                                                                                      Aranda l”

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