domingo, 4 de janeiro de 2015






Olhei para seus olhos e nada vi. 
Tentei penetrar em sua entranhas e ver revelada sua alma - não consegui.
Mas nunca falhara o olho no olho. Surpreendentemente, com ele, sim.
Quem era ele, enfim? Parecia fugir de si(mim).
Fui me abrindo e me perdi.
Desejei desvendá-lo, mas ele tem controle sobre si – seu esconderijo não me revela o que passa dentro de si.
A conexão de almas bailava entre nós dois, mas por medo da escuridão dos seus olhos – fugi.
Do eco dos esconderijos não se ouve muito bem, não se enxerga o outro e deixa-se com o passar do tempo de sentir.

Ah! Quem me dera uma noite regada a vinhos para saber o que se passa alí – desnudaria sua alma, enfim!

                                        

              
                                                                                                    By Aranda l”